O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quinta-feira (25), afirmou que, como presidente da pasta, terá como prioridade o diálogo. “Não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica, minha função é técnica”, diz em entrevista ao jornal O Globo.
Decotelli afirmou que dividiu a pasta em três prioridades. Ampliar o diálogo e interlocução para que haja divulgação correta em relação às políticas do MEC, atualizar o cronograma dos compromissos que estão estabelecidos e atualizar as políticas envolvendo a Covid-19 e a parte de biossegurança.
“Queremos fazer um trabalho de gestão interna integradora, com diálogo mais forte entre Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Capes, e a estrutura operacional que é a estrutura estratégica no gabinete. E a preocupação com a biossegurança para a reativação das aulas e o Fundeb (são as principais questões)”.
O professor assume um ministério enfraquecido politicamente pelas polêmicas relacionadas a Abraham Weintraub, que foi para os Estados Unidos depois depois de ser demitido.
Durante conversa com o jornal, Decotelli afirmou que vai procurar diálogo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Ele disse que a secretária Cecília Motta (presidente do Consed) é “muito eficiente e interessada em dialogar”.
Vale lembrar que a última gestão do MEC ficou distante dos secretários estaduais. “Será um diálogo intenso para que tenhamos a qualidade e a proteção contra a Covid-19, na parte da saúde, e ao mesmo tempo, cronograma possível para retomada das aulas", concluiu o novo ministro.
Hora de 'arregaçar as mangas'
Alberto Decotelli ainda disse o que o MEC mais precisa agora é “executar as políticas públicas na educação, colocar em prática o que é previsto, arregaçar as mangas”.
Ao falar sobre o convite para assumir o cargo, ele afirmou ter sido feito na quarta-feira (24): “Houve uma série de referências. Eu fiz uma gestão amplificada no FNDE, viajando o Brasil, ensinando as prefeituras, um diálogo forte com os secretários, conversas fortes no Congresso”.