Acusada de envolvimento na morte do próprio filho, o menino Henry Borel, a professora Monique Medeiros segue cumprindo prisão temporária de 30 dias no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói.
Conhecedora das agressões que a criança era vítima, ela escondeu estas informações dos investigadores, e os fatos só foram descobertos após autoridades recuperarem mensagens apagadas do celular dela.
Desde o início das investigações, o comportamento de Monique dias após a morte do filho chamou a atenção das autoridades. Além da ida ao salão de beleza, a mulher também buscou por cursos de inglês e culinária, conforme revelado pelo jornal “O Dia” nesta terça-feira (13), e teve uma postura espantosa no dia do enterro do menino.
Frieza total
A reportagem do jornal colheu relatos impactantes de coveiros que trabalhavam no cemitério no dia do sepultamento de Henry. Segundo um dos homens, Monique estava arrumada e não esboçava nenhum tipo de reação durante a cerimônia.
Ela estava toda arrumada, de preto, óculos escuros, salto alto. Muito arrumada e não derramou uma lágrima. Parecia conformada“, afirmou um dos homens.
Outro funcionário disse que o pai de Henry se mostrava o mais abalado pela perda. “Ele estava vestido com blusa com a foto do menino, calça jeans, tênis. Na hora de colocar o caixão no túmulo, disse ‘Henry, isso não vai ficar assim'”, pontuou o coveiro.
De acordo com o laudo de reprodução simulada feita no apartamento onde o menino morava com a mãe e o padrasto, ele sofreu 23 lesões em diversas partes do corpo, com a causa da morte sendo hemorragia interna e laceração hepática. Baseando-se nas imagens das câmeras de segurança do elevador, os peritos também constataram que, quando o casal deixou o prédio para levar o menino ao hospital, já tinham se passado, ao menos, 39 minutos que ele havia morrido.