A taxa de desemprego no Brasil segue em nível recorde no trimestre entre fevereiro e abril deste ano. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice segue em 14,7%. O número, atingido pela primeira vez na avaliação do mês anterior, corresponde a um recorde da série histórica, iniciada em 2012. De acordo com o levantamento, 14,8 milhões de brasileiros estão desocupados, o que representa crescimento de 15,2% (mais 1,9 milhão de pessoas) em comparação com o mesmo período do ano passado. No período de fevereiro a março de 2021, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, 29,6 milhões de pessoas, se manteve estável frente ao trimestre anterior e teve queda de 8,1% na comparação anual. Da mesma forma, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado também apresentou estabilidade, representando 9,8 milhões de pessoas.
Informações divulgadas nesta quarta-feira também demonstram estabilidade em outros dados na comparação com o trimestre móvel anterior. De acordo com o IBGE, a população ocupada se manteve em 85,9 milhões de pessoas, o nível de ocupação chegou a 48,5% frente 48,7% da análise anterior e a população fora da força de trabalho, 76,4 milhões, também se manteve estável. No entanto, outros níveis marcam mudança na comparação com trimestre móvel de janeiro a março de 2021, com aumento de 0,7 pontos percentuais na taxa de subutilização e alta de 2,7% na população subutilizada, chegando a 33,3 milhões de pessoas. O número de trabalhadores autônomos, cerca de 24,0 milhões, subiu 2,3%, ou mais 537 mil pessoas