Investigado por suspeita de aliciar uma adolescente de 14 anos, o vereador de Conde Flávio Melo, conhecido como Flávio do Cabaré, apresentou, nesta segunda-feira (09), um pedido de licença do cargo. O afastamento acontece em meio à denúncia de abuso do parlamentar contra a garota. O caso é apurado pela Polícia Civil.
Na semana passada, Flávio divulgou uma nota sobre o caso. Ele negou as acusações e disse que o vídeo foi tirado de contexto.
No entanto, o vereador trata o caso como algo que “envolve a intimidade de outras pessoas” e que foi distorcido.
“Quero tornar público meu interesse em colaborar completamente com as investigações, inclusive já constitui advogado para atuar nesse caso. Perante às autoridades, as acusações que estão sendo feitas contra a minha pessoa serão, uma a uma, esclarecidas e publicamente afirmo que os acontecimentos relativos a esse fato estão sendo distorcidos e utilizados com propósitos distintos”, escreveu Flávio Melo.
Câmara Municipal de Conde condena atos
Em nota divulgada à imprensa, também nesta sexta-feira, a Câmara Municipal de Conde, através do presidente Luzimar Nunes de Oliveira (PSB),afirmou que a Casa não foi notificada quanto às acusações. Porém, “repudia qualquer ato que venha a ferir a integridade física e psíquica das pessoas, especialmente quando envolve crianças e adolescente”.
Dessa maneira, o mandato do vereador Flávio Melo segue no mandato, mas que, conforme o andamento do processo, os parlamentares poderão tomar providências e dar “sequência aos trâmites legislativos necessários”.
“Pontuo que princípios éticos e as regras básicas de decoro parlamentar sobre a conduta dos que estejam no exercício do mandato de Vereador são devidamente analisadas pelo Plenário da Câmara Municipal de Conde”, diz o presidente em nota.
Flávio Melo já foi preso por exploração sexual
O vereador Flávio Melo chegou a ser preso preventivamente em 2019, suspeito de exploração sexual na Paraíba e Pernambuco. O mandado de prisão foi cumprido no dia 22 de abril de 2019, durante uma sessão da Câmara Municipal de Conde, quando o acusado era suplente.
O mandado estava aberto desde 2018, mas a ordem judicial só foi cumprida quase um ano depois porque o vereador não foi localizado no município de Sapé, região da Mata Paraibana, local onde teriam ocorrido os crimes.