O Glorioso terminou o primeiro turno na liderança, com 44 pontos, 13 deles à frente do Palmeiras, que até então, era o quinto colocado. O que ninguém esperava era que essa vantagem fosse perdida da pior forma possível.
O pesadelo botafoguense coincidiu com a pior fase do melhor jogador do time, o paraibano Tiquinho Soares, que chegou a ser artilheiro e candidato quase que unânime a craque da edição. A derrocada do Botafogo começou na 28ª rodada, diante do Athletico-PR, quando a equipe empatou por 1 a 1. Nessa partida, Tiquinho marcou o gol do Glorioso, marcando também o início do seu jejum de gols.
Depois de oito partidas sem balançar as redes, o atacante paraibano teve a oportunidade de voltar a marcar no duelo direto pelo título do Brasileirão, contra o Palmeiras. Quando o jogo estava em 3 a 1 para o Botafogo, ainda no segundo tempo, foi assinalado um pênalti para a equipe botafoguense. O camisa 9 perdeu o pênalti, e em seguida, o Palmeiras conseguiu virar o jogo para 4 a 3.
Tiquinho Soares só voltou a encontrar o caminho do gol na 36ª rodada, no jogo contra o Coritiba. O Botafogo teve um pênalti marcado seu favor nos acréscimos do segundo tempo. Tiquinho cobrou e converteu, garantindo a vitória parcial do Glorioso, depois de oito rodadas sem vencer. No entanto, o Botafogo viu os três pontos irem embora, quando Edu marcou para o Coritiba.
A má fase de Tiquinho dentro de campo foi um reflexo dos problemas pessoais vividos por ele. Antes do jogo contra o Vasco, na 32ª rodada, o atacante recebeu a notícia do agravamento de saúde de seu pai, mas, mesmo assim, ele decidiu entrar em campo. No duelo, ele acabou recebendo o terceiro cartão amarelo e ficando fora da partida contra o Grêmio. O clube descartou que a situação tenha sido intencional.
O elenco do Botafogo conta ainda com outros dois atacantes paraibanos que se destacaram na campanha do primeiro turno. Carlos Alberto e Luís Henrique marcaram, juntos, seis gols. Mas, na segunda metade do Brasileirão, a dupla perdeu espaço. Já Hugo seguiu sendo a primeira opção ao titular Marçal, mas sem o mesmo destaque que obteve sempre que foi acionado.
Desde o jogo contra o Athletico-PR, Luís Henrique jogou por 249 minutos. Ele só entrou como titular contra o Cuiabá e Cruzeiro. O atacante só ficou sem atuar diante do RB Bragantino.
Já Carlos Alberto foi ainda menos aproveitado. O paraibano somou 143 minutos em campo. Nos últimos nove jogos, ele não entrou em quatro, contra Athletico-PR, RB Bragantino, Fortaleza e Santos.
Agora, o Botafogo chega para a última rodada sem chances de ganhar o título do Brasileirão e fora do G4. O Glorioso está na quinta posição, com 64 pontos, atrás do Grêmio que tem 65.
Para conseguir a vaga para a fase de grupos da Libertadores 2024, o Botafogo precisa vencer o Internacional, no Beira-Rio, nesta quarta-feira (04), às 21h30. O empate não resolve a vida do time, já que o Grêmio tem vantagem no número de vitórias, primeiro critério de desempate.