Uma mãe de santo, identificada como Lúcia Oliveira, líder de um terreiro de Candomblé, denuncia ter sido vítima de intolerância religiosa por um motorista de aplicativo nessa segunda-feira (25), em João Pessoa.
De acordo com informações policiais, a mulher teria pedido uma corrida através do aplicativo da Uber e deu como referência o terreiro. No entanto, o motorista enviou a seguinte mensagem: “Sangue de Cristo tem poder, quem vai é outro kkkkk tô fora”. Em seguida, cancelou a viagem.
No mesmo dia do crime, a mãe de santo prestou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Homofóbicos, Étnicos-raciais e Delitos de Intolerância Religiosa de João Pessoa.
O delegado titular Marcelo Falcone explicou ao Portal Correio que o motorista pode ser indiciado por racismo religioso. Uma vez identificado, ele será intimado a comparecer a delegacia, onde será formalmente indiciado. As penas previstas na lei 7.716/89 são de um a três anos de reclusão.
Em nota, a Uber destacou que não aceita qualquer forma de discriminação e encoraja para que as vítimas denunciem os crimes tanto no aplicativo quanto às autoridades competentes. A empresa afirma, também, que estará disponível para colaborar com as investigações.