Os peritos criminais receberam os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid , para analisarem os conteúdos. Os aparelhos foram apreendidos na semana passada após operação feita pela Polícia Federal .
Bolsonaro e Cid são investigados pela PF por supostas fraudes nos cartões de vacinação do ex-mandatário do país, de familiares e aliados. O tenente-coronel também foi preso, tendo que ficar à disposição da Justiça.
Tanto Bolsonaro quanto Mauro são suspeitos de fazerem parte de um grupo que inseriu informações falsas de vacinação nos sistemas do SUS entre 2021 e 2022. O objetivo era emitir certificados de que todos eles tinham tomado as doses contra a Covid-19, mesmo sem terem recebido o imunizante.
A fraude permitiria que eles pudessem entrar em países e locais em que fossem obrigatórios apresentar o comprovante de vacinação. O ex-presidente viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022 e retornou ao Brasil apenas no final de março, quando já não tinha nenhum cargo público.
Celular de Bolsonaro apreendido
A Polícia Federal entrou na casa do ex-presidente, que fica localizada em um condomínio de Brasília, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Eles pegaram o celular de Bolsonaro para poder fazer uma perícia e encontrar possíveis provas contra o antigo mandatário.
O aparelho de Mauro Cid também foi apreendido no dia em que o tenente foi preso. A ordem para a ação foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acatando uma solicitação da PF.