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Governador enfatiza que não é um “coronelzão da política” na Paraíba
Ele falou, ainda, sobre as expectativas quanto a obras estruturantes a serem implementadas com o apoio do governo federal
23/09/2023 09:11
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Nonato Guedes

Em entrevista, ontem à noite, ao programa “60 Minutos”, da Rádio Arapuan, de João Pessoa, o governador João Azevêdo (PSB) admitiu concorrer ao Senado nas eleições de 2026, embora observando que o pleito ainda está distante e que sofrerá implicações decorrentes das eleições municipais para prefeito no próximo ano. Falando aos jornalistas Bruno Pereira, Rudney Araújo e Fernando Braz, o chefe do Executivo deixou claro que coloca seu nome à disposição do partido e das forças políticas que o apoiam para concorrer à vaga senatorial, inclusive, como prolongamento da sua atuação à frente do Executivo Estadual. Mas preveniu que fará tudo na base do diálogo e do consenso. “Diferentemente de outros, eu não sou um “coronelzão” da política, que impõe ambições a quem quer que seja”, comentou João Azevêdo.

O presidente do Consórcio Interestadual do Desenvolvimento do Nordeste deixou claro que o PSB terá direito somente a uma vaga na chapa majoritária principal em 2026, abrindo espaços para outros partidos da sua base em relação aos demais cargos, inclusive, ao governo do Estado. Entre esses partidos citou o Republicanos, o PP, PSD, o PV, o Solidariedade e o PCdoB e reiterou que política é sinônimo de composição, não de exclusivismo. A sua pré-candidatura a uma das vagas ao Senado tem sido defendida abertamente por aliados políticos de várias agremiações, que identificam em João Azevêdo potencial de liderança e, ao mesmo tempo, credenciais para representar o Estado no Congresso Nacional, como consequência da visão que demonstra ter em relação aos problemas nacionais, às questões regionais e às demandas específicas da Paraíba. Dentro do esquema governista, cogita-se também a provável candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PSD) à reeleição, ou a candidatura a prefeita de Campina Grande em 2024. O governador cumulou Daniella de elogios e chamou a atenção para o fato de que, hoje, ela ocupa posição de prestígio no cenário nacional, como presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, tendo influência nas decisões sobre o planejamento de recursos para os Estados e demais entes federados.

Ao ser indagado sobre seu aval a uma presumível candidatura do deputado federal Romero Rodrigues pelo Republicanos, se ele deixar o Podemos e filiar-se àquele partido, João Azevêdo acentuou que não oporá nenhum veto ou óbice à pretensão, desde que ela seja considerada importante para o seu esquema político e que tenha o pleno consentimento de outros partidos e expoentes da base que comanda. Frisou que Romero fez boa gestão na prefeitura campinense e que é um político de fácil diálogo, mas lembrou que ele precisa se manifestar sobre suas pretensões em pauta para o futuro. “Até agora, não ouvi qualquer declaração sua na linha do propósito de concorrer novamente à prefeitura de Campina”, explicou o governador. Um dos maiores entusiastas da filiação de Romero ao Republicanos, com sua consequente candidatura, novamente, a prefeito, é o deputado estadual Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa do Estado, que confia nas chances de Rodrigues em derrotar o atual prefeito Bruno Cunha Lima, candidato à reeleição com o apoio do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB.

O governador João Azevêdo falou, na entrevista, sobre a sua postura conciliadora com relação a pretensões dentro do seu bloco de sustentação política, alegando que respeita as mais diversas opiniões divergentes, sejam de vereadores, de parlamentares ou de dirigentes do PSB quanto à defesa de candidaturas próprias do partido em aliança com outros partidos. Mas previne que os tempos mudaram e que a nova conjuntura pede diálogo, concessões e espírito de colaboração entre os que se dizem parceiros no jogo político. A respeito das eleições para prefeito de João Pessoa, reafirmou o compromisso de apoiar a reeleição do atual gestor, Cícero Lucena, do Progressistas, torcendo pela manutenção, na chapa, do vice-prefeito Leo Bezerra, do PSB. “Política é construção e ficou provado que a construção em torno dessa chapa nas eleições de 2020 possibilitou êxitos em projetos e obras para a população de João Pessoa, mediante parcerias bem-sucedidas que têm sido realizadas em conjunto com o governo do Estado, sendo do nosso interesse manter a parceria para que a Capital paraibana possa avançar ainda mais”, asseverou João Azevêdo.

Ele falou, ainda, sobre as expectativas quanto a obras estruturantes a serem implementadas com o apoio do governo federal, algumas das quais estão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que foi relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto outras estão sendo já executadas com recursos próprios do governo do Estado. Atribuiu a atual fase de impulso administrativo que a Paraíba vive às medidas tomadas pela sua gestão e pela sua equipe para assegurar o controle fiscal e o equilíbrio financeiro do Estado, bem como ao reforço que tem sido oferecido indiscutivelmente pelo governo do presidente Lula, com quem tem interlocução proveitosa. O governador comentou que a dinâmica política vem quebrando paradigmas na história da Paraíba, dando como exemplo o fato de que já não são apenas a Capital, João Pessoa, e Campina Grande, que decidem eleições majoritárias estaduais, mas, também, pequenos municípios, situados em longínquas regiões do território, onde está chegando concretamente a ação do Poder Público. Para ele, a construção do Hospital de Trauma e Emergência do Sertão, na cidade de Patos, é um símbolo da filosofia administrativa que está em curso e que favorece, indistintamente, todas as localidades do Estado.

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